terça-feira, 25 de dezembro de 2012

A justiça de Deus


Deus é justo e, por isso mesmo, odeia a injustiça

Trecho do livro "O caráter de Deus", do bispo Edir Macedo

Se pudéssemos registrar em ordem cronológica as atribuições ou qualificações de Deus, certamente teríamos de considerar, em primeiro lugar, Deus, o Senhor da Justiça. A própria Escritura aponta a base do Seu trono: "Justiça e direito são o fundamento do teu trono; graça e verdade te precedem." (Salmos 89.14)
Todo aquele que leu ou lê a Bíblia Sagrada, de Gênesis a Apocalipse, pode sentir a maneira pela qual Deus faz o Seu julgamento, ou seja, como Ele opera nas Suas ações e reações para com a Sua criatura, e em tudo isso pode-se constatar um Senhor perfeitamente justo na Sua maneira de ser e agir.
Ele é um Deus justo e, por isso mesmo, odeia a injustiça, assim também como nós a odiamos. Aliás, no plano amoroso de Deus, acreditamos ser esta a razão principal por que muitos têm a oportunidade de serem salvos.
Devido ao fato de Deus odiar a injustiça, e de ter fome e sede de justiça, o Senhor Jesus disse: "Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque serão fartos." (Mateus 5.6) Somente aqueles que têm o caráter voltado à justiça é que são fartos, e esta fartura é exatamente a salvação pela fé no Senhor Jesus Cristo.
A justiça de Deus através dos tempos
Deus é justo, e é isto que o povo de Israel compreendia como a Sua maior diferença em relação aos falsos deuses dos outros povos. E Ele sempre usou homens cheios de fé, tementes e corretos no seu caráter, para manifestar a Sua justiça para com eles.
Depois da morte de Josué, durante os primeiros 300 anos em Israel, Deus suscitou cerca de 13 juízes para julgarem o Seu povo, porque "Naqueles dias, não havia rei em Israel; cada um fazia o que achava mais reto." (Juízes 21.25).
Estes juízes eram ungidos para fazer justiça e, assim, promover entre o povo judeu um caráter disciplinado e o respeito mútuo entre os cidadãos e suas tribos, com a finalidade de encaminhá-los a Deus. Aqui vemos uma característica importante da verdadeira justiça: a aplicação de uma disciplina que reflita o caráter divino.
Depois vieram os reis, que, também ungidos, eram considerados juízes de toda a nação de Israel. Dentre eles se destaca Davi, um homem "segundo o coração de Deus" (Atos 13.22).
Hoje, Deus tem também os Seus juízes na Terra, os quais, imbuídos de autoridade pelo próprio Senhor Jesus, e ungidos pelo Espírito Santo, procuram levar aos povos a Sua justiça, através da fé, de acordo com a Palavra de Deus.
O apóstolo Paulo, escrevendo aos cristãos da cidade de Corinto, explicou de que maneira o Senhor agiu, com vistas à implantação do Seu Reino entre os homens:
"A uns estabeleceu Deus na igreja, primeiramente, apóstolos; em segundo lugar, profetas; em terceiro lugar, mestres; depois, operadores de milagres; depois, dons de curar, socorros, governos, variedades de línguas." 1 Coríntios 12.28

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