História do líder bíblico inspira empreendedorismo
Para um empreendedor, uma empresa necessita ser guiada com sabedoria e
inteligência. O empresário faz escolhas difíceis no seu dia a dia. Toma
decisões que podem significar, muitas vezes, a continuidade ou a
derrocada do negócio.
Estar preparado para enfrentar os problemas é mais que uma necessidade.
Trata-se de condição fundamental. Do contrário, o empreendimento não
prospera.
Para um empresário, é importante ter exemplos de liderança nos quais
possa se espelhar. Lições com as quais aprenda a colocar em prática seus
planos, com base em caminhos que já foram trilhados e podem ser
seguidos. A Bíblia pode auxiliar nesse sentido. Ela traz histórias que
são inspiradoras para todos.
Uma delas, cheia de peculiaridades, trata da trajetória de Salomão.
Filho de Davi, ele estava destinado a ser rei. Mas, se por um lado Davi
ficou conhecido como o grande comandante guerreiro que unificou as
tribos de Israel e combateu os inimigos dos hebreus, por outro, Salomão
pode ser considerado o líder da sabedoria e da paz.
Quem era Salomão?
Salomão não era o herdeiro imediato do trono. Isso levou a intrigas e
conspirações dos partidários de Adonias, o filho primogênito de Davi.
Apesar de Adonias proclamar-se pretendente ao trono e substituto de seu
pai, segundo os profetas, era da vontade Divina que o sucessor fosse
Salomão, filho de Davi e Bate-Seba.
O direito de Salomão ao trono foi assegurado mediante ação decidida de
sua mãe, do sumo sacerdote Zadoque e do profeta Natã, com aprovação do
idoso rei Davi. Logo que se tornou monarca, Salomão eliminou todos os
conspiradores e consolidou o seu reinado.
Características do líder Salomão
Diferentemente
de seu pai, Salomão não se tornou um líder guerreiro. Ele soube manter a
grande extensão territorial que herdou. Tornou-se um grande governante e
um juiz justo e imparcial. Desenvolveu habilmente o comércio externo e a
indústria, e as relações diplomáticas com países vizinhos, o que levou a
um progresso considerável das cidades israelitas.
Se Davi era ótimo estrategista e hábil guerreiro, Salomão usava a sua
inteligência e sabedoria para governar. Ele não conquistava territórios
pela força. Ao casar com Anelise, a filha do faraó, recebeu a cidade
cananeia de Gezar. Mas o grande feito do governo do rei Salomão foi a
construção do Templo de Jerusalém, que ficou conhecido como o Templo de
Salomão, no Monte Moriá.
Salomão inovou ao ordenar a construção de fortes muralhas na cidade de
Jerusalém. Mesmo que não fosse um guerreiro, ele sabia da importância de
manter a cidade segura contra possíveis ataques. Ele também mandou
reconstruir e fortificar diversas cidades como Megido, Bete-Seã e Hazor,
além de construir cidades-armazém.
O rei organizou uma nova estrutura administrativa, dividindo as terras
em 12 distritos administrativos governados por funcionários nomeados
diretamente pela administração central. No exército, deu especial
importância à cavalaria e aos carros de guerra. Dispunha de portos e de
uma frota de embarcações comerciais de longo curso, chamados de “navios
de Társis”.
Salomão, o empresário
Note que Salomão tinha as características que um líder necessita ter para vencer. Ao
assumir o comando do reino, ele tratou de eliminar os conspiradores. O
empresário dever ter a visão de quem são seus inimigos para poder
enfrentá-los da melhor forma. E Salomão sabia quem eram eles.
O empresário deve articular-se bem, fazendo alianças que podem ser benéficas para seus negócios.Salomão
estabeleceu comércio com cidades vizinhas e mantinha relações
diplomáticas com outros reinos, o que gerou o progresso das cidades
israelitas. Além disso, ao casar-se com Anelise, ganhou uma cidade do
pai dela, o faraó, aumentando seu reino.
O empreendedor deve proteger o seu negócio de todas as formas e armazenar estoques com os quais possa contar no futuro. Salomão,
por exemplo, fortificou Jerusalém e outras cidades israelitas com muros
e criou as cidades-armazém. Salomão antecipava possíveis adversidades
futuras e se preparava para elas, pois também investiu na cavalaria e em
carros de guerra.
O empresário tem que ser organizado e ter sistemas que facilitem o seu trabalho. Salomão
organizou estruturas administrativas em distritos que estavam ligados
diretamente com a sua administração. Tinha portos estratégicos e uma
grande frota de navios que eliminavam obstáculos do comércio de longo
curso.
É claro que Salomão tinha um império, o que, de certa forma, facilitava a
aplicação de suas ideias, mas, nas pequenas estruturas é possível
executar ações básicas, espelhadas na conduta do rei, que podem ajudar o
empreendimento a prosperar. Afinal, não é à toa que o reinado de
Salomão durou 40 anos e foi muito próspero. Ele também não esqueceu de
prestar sua homenagem a Deus, seu grande orientador, construindo o
Templo de Jerusalém.
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