terça-feira, 17 de maio de 2011

A revolta que traz vida!(cont)

A revolta que traz vida!(cont)

“Tendo o menino crescido, saiu um dia a ter com seu pai, que estava com os segadores. Disse a seu pai: Minha cabeça! minha cabeça! Então ele disse a um moço: Leva-o a sua mãe. Este o tomou, e o levou a sua mãe; e o menino esteve sobre os joelhos dela até o meio-dia, e então morreu…Ela subiu, deitou-o sobre a cama do homem de Deus e, fechando sobre ele a porta, saiu.” (2 Reis 4.18-21)
Qual é a maior dor que uma mãe pode sofrer? Claro que é a de ver um filho morrer, inclusivamente, o natural é o filho enterrar os pais. Embora, esta mulher, que era uma pessoa de bem, honesta, hospitaleira, rica, nem ela e nem ninguém, por mais recursos que disponha, pôde impedir a morte do seu filho.
Em primeiro lugar, é necessário entender: o que é a morte? É quando a pessoa morre espiritualmente, pois, fisicamente, enquanto o cérebro funcionar, a pessoa pode até estar em coma, mas será considerada viva. Por outro lado, a pessoa pode até ter o corpo em perfeito estado, mas se ocorre a morte cerebral, já está morta. Onde foi que a criança sentiu a dor? Exatamente na cabeça, quer dizer, onde está o nosso poder de reagir ou de desistir, de nos resignarmos ou de enfrentarmos os problemas. O mal sabe que um “espírito morto”, mesmo tendo de tudo nesta vida, será sempre uma pessoa infeliz, e, por isso, o seu alvo principal é matar a pessoa espiritualmente. Um espírito morto é um espírito resignado, acomodado, que, simplesmente, não reage!
Quantas não são as pessoas que, apesar de todas as suas posses, estão a sofrer por um filho ou por um ente querido? São doenças, vícios, desvios de caráter, violência, delinquência, doenças psicológicas… E, obviamente, acabam por se sentir frustradas, pois, aparentemente, possuem de tudo, mas a dor aguda permanece no seu interior e o que fazem? Enquanto possuem recursos materiais vão-se dedicando a procurar qualquer possibilidade de solucionar o problema ou de amenizar a dor. Porém, não procuram onde há vida, pois Jesus disse assim: “Ora, no seu último dia, o grande dia da festa, Jesus pôs-se em pé e clamou, dizendo: Se alguém tem sede, venha a mim e beba. Quem crê em mim, como diz a Escritura, do seu interior correrão rios de água viva.” (João 7.37-38)
As pessoas estão “sedentas” de uma vida realizada, completa, mas não buscam a Deus como deve ser. Uns buscam-No para reclamar dos seus problemas e até se rebelam contra a Sua Palavra, lançando a culpa de todos os seus problemas sobre Ele.
Mas, o que nos chama a atenção no episódio desta mãe é a atitude que ela tomou diante daquela dor indescritível:
1. Ela reconheceu que pelas suas próprias forças era impossível, pois teve o filho no seu colo e, ainda assim, ele morreu;
2. Ela não duvidou, não fez um escândalo ou se rebelou contra Deus, pelo contrário, ela SUBIU até onde estava a cama do homem de Deus, quer dizer, ela foi até ao Altar, que é onde toda e qualquer morte desaparece;
3. “Fechou a porta”, quer dizer, não permitiu que os sentimentos a dominassem naquela hora em que ela deveria permanecer o mais lúcida possível, para fazer uso da fé inteligente e resolver o seu problema;
“Então chamou a seu marido, e disse: Manda-me, peço-te, um dos moços e uma das jumentas, para que eu corra ao homem de Deus e volte.” (2Reis 4.22) Ela não dependia da fé do marido, até porque ele viu o filho com uma dor de cabeça e não pôde fazer nada, muito menos ressuscitá-lo.

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