De repente, dá uns 5 minutos e ela decide se arrumar. Já havia feito os
amigos desistirem do convite insistente, mas corre para o quarto e vê
que ainda tem tempo de alcançá-los. Veste a calça preta de couro colada,
regata de paetê da mesma cor, salto 15 vermelho e sai para encontrá-los
na festa rave em um sítio não muito próximo.
Ela curte todos os segundos da balada. Não há letra nas músicas, mas
batidas fortes, mixagens, DJ, enfim. Também há drogas diversas, bebidas
alcoólicas de todos os tipos e muita alucinação. Ela e os amigos já
estão alterados. Começaram com uma dose de rum, depois passaram para a
pílula de ecstasy e finalmente a cocaína.
Enquanto isso, o som parece aumentar ao último volume, e a cabeça lateja
no mesmo ritmo. Mas eles não se importam: pulam, dançam descontrolados,
beijam... Alguns tiram a roupa, outros balançam o corpo
desordenadamente, e todos aparentam não se importar.
A luz do ambiente, o globo colorido muda de cor... É o brilho da festa que ilumina a escuridão do lugar.
Depois, a jovem esquece o bom comportamento que tem na frente dos pais e
se rende a um desconhecido. Não sabem o nome, a idade, o que ambos
fazem, de onde vêm ou para onde vão. Eles sequer pensam nisso, preferem
aproveitar o momento, se entregar à sedução. Não se protegem, porque
louvam os perigos e se orgulham dos riscos.
Todos estão distraídos. Não pensam no futuro, se esmeram no presente e
ignoram qualquer problema no porvir. Não se lembram das doenças, não
consideram nada além da própria vida, do viver os instantes, de fazer
valer a própria filosofia.
Estão fartos da sedução que o mundo oferece. Transbordam de alegria,
ainda que passageira, pelos atrativos que ele tem. Estão convencidos de
que são felizes. Aparentemente, não há dificuldade, inimizade, tristeza.
Estão enganados, embriagados de ilusão. Brilham com uma luz débil,
fraca, sem potência. E estão distraídos com os seus breves encantos.
Para eles, a morte está distante e passa de largo pela sua juventude e
vigor. E acreditam piamente que vida após a morte é balela de gente sem
instrução. Ignoram o céu, a existência do inferno, a misericórdia e
justiça de Deus. E esquecem-se de que para morrer, basta que estejam
vivos.
Até que um deles morre de overdose, e o outro lamenta: “Agora ele está
descansando...” Mas, será? Até quando se deixarão enganar? Até quando
permanecerão cegos e desprezarão a razão? E o que responderão quando
lhes perguntarem para onde irão ao passarem pela morte?
O que eles fizerem enquanto estiverem vivos é o que vai determinar onde irão passar a eternidade.
E você, para quem é o que você tem preparado?
“Louco, esta noite te pedirão a tua alma; e o que tens preparado, para quem será?” Lucas 12.20
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